Qual foi a última vez que você fez algo diferente na sua rotina?

Qualidade x Quantidade

“Faça o seu melhor, na condição que você tem, enquanto não tem condições melhores para fazer melhor ainda!”. A frase é do filósofo brasileiro Mário Sérgio Cortella e serve de inspiração para a rotina de cada um de nós. Tenho para mim que você só poderá ser sua melhor versão no futuro se puder ser a sua melhor versão hoje. Ou seja, não há como esperar boas coisas no amanhã, se elas não forem plantadas na sua rotina hoje. 

Foi pensando dessa forma que tomei uma atitude em 2017. Me lembro como se fosse hoje. Uma ação simples, mas recheada de sentimentos e que me traz boas lembranças até hoje! 

Era época de Natal e eu ainda morava no Brasil. Como decoração natalina, resolvi montar a minha árvore com vários livros que tinha em casa. Todos eles eram especiais para mim.

Árvore de natal que fiz com meus livros em 2017 – Fonte da Imagem: Acervo Pessoal Rodrigo Barreto

Quem gosta de ler e acumular livros sabe do valor sentimental que eles carregam, muito além do conhecimento. Alguns daqueles livros eu havia ganhado de pessoas importantes, em datas importantes, como meu aniversário ou minha formatura e continham dedicatórias super especiais que me trazem emoções até hoje. Mas a grande maioria deles eu havia comprado ao acaso ao longo da minha vida. 

Afinal, sorte realmente existe ou é resultado do nosso esforço?

Todos tinham um sentimento para mim, mas com exceção de alguns poucos exemplares especiais, como O Pequeno Príncipe, primeiro livro que li e que ganhei da minha madrinha, eles já tinham cumprido seu papel na minha casa. Mesmo com toda a carga emocional envolvida, quando o ano virou, tive a ideia de doar todos os meus livros como forma de compartilhar o conhecimento que eu havia adquirido com eles. Compartilhar conhecimento sempre foi parte de um propósito de vida, por que não exercitá-lo na prática, da maneira mais figurada possível: doando livros?

Mas como fazer para doar mais de 200 livros? 

  • Ir a uma escola ou biblioteca e deixar por lá? É válido, mas pensei que pudesse haver solução melhor.
  • Doar para uma instituição de caridade? Também é válido, mas ainda acreditava que deveria haver solução melhor.

Foi então que resolvi espalhar meus livros pela cidade e até pelo país, em locais públicos aleatórios onde pessoas comuns pudessem encontrá-los de surpresa.

Escolhi a dedo lugares como praças, shoppings, aeroportos, consultórios médicos, etc para deixar cada um dos livros que compunham a minha árvore de natal. Mas não só isso, escrevi mensagens no meio dos livros com dedicatórias para que as pessoas levassem para frente este movimento de compartilhar conteúdo.

Mensagem que deixei em um os livros que doei – Fonte da Imagem: Acervo Pessoal Rodrigo Barreto

Em alguns livros cheguei a deixar meu e-mail para que as pessoas pudessem entrar em contato comigo de volta caso tivessem interesse. A experiência possibilitou que muitas pessoas tivessem acesso a livros que jamais conheceriam se eu não os tivesse deixado ali em um lugar qualquer para que alguém os encontrasse por acaso. Cada livro poderia carregar além da sua história, a história das pessoas pelas quais passou. 

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Lembro de uma pessoa me mandar um e-mail extenso de agradecimento depois de ter encontrado “por acaso” o livro Inteligência Emocional, do Daniel Goleman, em um aeroporto qualquer. Aquilo me fez ganhar o dia.

Alguns dos livros que doei – Fonte da Imagem: Acervo Pessoal Rodrigo Barreto

Visão ampla ou visão curta do que acontece na sua rotina?

Acredito muito que se dermos coisas boas para o mundo, ele acaba retribuindo (mesmo que em proporção menor). Plantar 250 sementes não significa necessariamente que irá colher 250 frutos, mas se um brotar, significa que fez o seu máximo naquele momento, e que recebeu o máximo que poderia receber também. 

Às vezes, esperamos que o mundo nos traga coisas boas, mas pouco fazemos para ajudar. Esquecemos do bom dia ao porteiro, da conversa olho no olho com as pessoas, até de atitudes mais significativas no emprego e nos deixamos levar pela ideia de que o micro não fará diferença no macro da nossa vida. Mas é o trabalho de formiguinha, esse cuidado com pequenas coisas da rotina, que possibilita um pódio no futuro. 

Sabe aquela frase que diz que quando você dá o primeiro passo, o Universo coloca o caminho?

Praticar essa realidade é um desafio que devemos lançar a nós mesmos. Caso haja dificuldade, contar com profissionais que nos auxiliem a encontrar essa versão também é uma excelente iniciativa. Lá atrás, eu pude compartilhar um pouco do conhecimento que adquiri espalhando livros pela cidade e oferecendo às pessoas um novo olhar sobre o mundo. Hoje, continuo fazendo o mesmo, mas por meio dos conteúdos que publico no meu site, nas minhas redes sociais, nas minhas palestras e aos meus mentorados nas mentorias de gestão de tempo, produtividade e equilíbrio de vida. 

Saiba mais sobre gestão do tempo, produtividade e equilíbrio de vida nos meus posts diários no Instagram

Compartilhar conhecimento sempre será parte da minha missão. E a prática dessa missão poderá se traduzir das mais diversas formas, desde uma mentoria personalizada para uma CEO de uma grande indústria, até uma experiência compartilhada nas minhas redes sociais ou um mero livro que acabei de ler e que pode continuar fazendo história nas mãos de outras pessoas.

Conhecimento é algo que vem para a gente mas que deve ir para o mundo. Ao assimilar você evolui como pessoa. Ao compartilhar, nós evoluímos como sociedade. Que tal doar um livro hoje?