O poeta cubano José Martí diz que toda pessoa deveria plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. Não foi esse pensamento do poeta que me despertou para escrever o meu primeiro livro, assim como não me despertou para ter o meu primeiro filho. Mas sem dúvida ele está me inspirando a plantar a minha primeira árvore.
Nenhuma dessas metas é fácil, cada uma tem as suas particularidades. Mas se tivesse que adivinhar a meta que mais impede as pessoas de concluir essa tríade, sem dúvida eu apostaria na escrita do livro. E não é por falta de histórias, já que todo mundo tem alguma história para contar. A verdade é que escrever um livro exige muito mais que histórias. Além de atitude, é preciso ter muita disciplina. E você só vai conseguir aliar essas duas coisas, seja para escrever um livro ou abraçar qualquer meta de longo prazo, quando aprender a desenvolver o seu propósito.
Aliás, já adianto: este artigo vai te ensinar muito mais sobre propósito do que sobre escrita. Portanto, se você quer entender o real motivo que me fez escrever um livro, entenda antes de mais nada: propósito você não encontra; propósito você cria. Quer ver?
A minha relação com os livros
Eu aprendi a ler muito cedo, ainda com 5 anos, mas o primeiro livro que me lembro de ter ganhado foi no Natal de 1996, com 8 anos de idade. O Pequeno Príncipe foi um presente dos meus padrinhos que guardo até hoje com muito carinho, porque marcou profundamente a minha relação com a leitura.
Desde então, os livros sempre fizeram parte da minha vida. Lembro de ler as coleções de “Salve-se quem puder” e outros livros que “alugava” na biblioteca da escola ainda adolescente. No segundo grau a literatura brasileira começou a virar obrigação e o interesse adormeceu. Machado, Drummond e Clarice que me perdoem, mas na época eu não tinha maturidade para vocês. Quantas pessoas não param por aí, na discutível obrigação de ler, né?
JK Rowling não foi suficiente para me despertar com a série Harry Potter no início dos anos 2000, mas felizmente Dan Brown apareceu no meu caminho logo em seguida, com O Código da Vinci, Fortaleza Digital e Anjos e Demônios. Dali comecei a me arriscar em terrenos mais argilosos, como Sun Tzu, Maquiavel e Dostoiévski. A Bíblia Sagrada também encontrou seu lugar na minha prateleira. A infinidade de metáforas difíceis de entender, presentes do Gênesis ao Apocalipse, passando pelo meu favorito, o livro do Eclesiástico, gerava uma série de perguntas que até hoje continuam sem respostas na minha mente. E talvez seja essa busca pelas respostas o principal motivo de eu gostar tanto de ler.
Durante a faculdade a literatura científica me sequestrou. Fui engolido por livros técnicos e minhas poucas aventuras de leitor convencional fizeram breves visitas a Stephen Hawking, Richard Feyneman e outros amantes da racionalidade.
Em 2011, quando estava perto de me formar, perdido nos caminhos que deveria/queria seguir, fui introduzido ao mundo da autoajuda. Um Vendedor de Sonhos, do Augusto Cury, fez o contrário do que seu título se propunha e me presenteou com uma realidade, apesar de fictícia, apaixonante. De 2012 em diante os livros de Produtividade, Tempo e Equilíbrio começaram a encher minhas prateleiras. Li tudo que você puder imaginar no universo da autoajuda. No início com o mesmo preconceito que talvez você já tenha tido ou ainda tenha, mas depois, percebendo o poder transformador desse tipo de leitura na minha vida, passei a querer sempre mais. Quem não quer aprender Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes com Stephen Covey ou as 12 Regras para a Vida com o Jordan Peterson?
Estava claro, ler sempre foi uma paixão e facilmente se tornou um hábito.
E por incrível que pareça, nem tão óbvio porém, escrever se tornou paixão e hábito também.
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A minha relação com a escrita
Escrever um livro sempre pareceu um sonho distante. Quase todo mundo já pensou em escrever um livro. Quase todo mundo quer contar a sua história ou algo que aprendeu. Na minha cabeça, escrever um livro sempre pareceu algo longínquo, que eu faria no leito de morte, ou em uma outra vida, quando me considerasse “experiente o suficiente” para deixar em palavras as minhas reflexões. Você já pensou assim também?
Mas uma jornada de imersão em autoconhecimento pela qual passei em 2020 me fez reacender o interesse. Nesse processo, que culminou no início da criação do meu propósito, me lembrei que desde criança eu amava escrever. Com 12, 13 anos, eu escrevia histórias em formato de pequenos livros à mão, grampeava-os, e saía de porta em porta para vender aos vizinhos. A faculdade de Engenharia conflitou com a paixão pela escrita.
“Engenheiro não serve para escrever”, disseram.
“Será?”, questionei.
E ao me questionar, resolvi eu mesmo responder. Não apenas com a literalidade das palavras, mas com o poder da ação.
Paixão é maior do que profissão, e foi com este mantra que eu decidi escrever meu primeiro livro. E sabe o que eu descobri? Eu descobri que a paixão é como uma faísca capaz de acender um propósito. Descobri que se este propósito estiver aliado à uma habilidade, uma fórmula mágica começa a se criar.
Propósito não se encontra. Propósito se cria.
O meu vinha esperando para ser criado há muito tempo. Vários episódios da minha vida me deram sinais de que ele estava ali. A falta de autoconhecimento e a pressa desse mundo agitado que insiste em nos acelerar não me permitia parar, respirar, enxergar. O desafio pregado em um futuro longínquo era a desculpa perfeita para a minha inocente procrastinação. Esse adiamento agora chegou ao fim.
Escrever o meu primeiro livro foi, metaforicamente, por ironia do destino ou não, a “parada” que eu precisava dar. Um projeto como nenhum outro, pelo qual me apaixonei cada dia mais. Extremamente desafiador e ao mesmo tempo inspirador. Cansativo e realizador.
Antagônico, né?
Mas o que é a vida senão uma série de antagonismos que nos desafia a fazer escolhas difíceis para caminhar em direção ao nosso propósito?
Não foi o pensamento do poeta que me despertou para escrever o meu primeiro livro, assim como não me despertou para ter o meu primeiro filho, mas certamente irá me inspirar a plantar a minha primeira árvore.
Escrever um livro foi, para mim, um processo de transformação que me fez não apenas ver, mas viver a máxima de que o foco no processo é o que garante o sucesso.
A semente foi plantada e está sendo regada.
O resultado vocês verão em breve.
Esse é só o começo.
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