Plano de Carreira ou Plano de Vida: qual devo seguir?

Design sem nome

Você já teve a oportunidade ou já se imaginou viajando em um carro com piloto automático? Apenas desfrutando a paisagem, sem precisar se preocupar em acelerar, trocar as marchas, etc. Parece ser excelente, não é mesmo? A experiência do piloto automático é boa até olharmos mais de perto. Apenas desfrutar o caminho pode nos deixar com sono, acostumados, desatentos e o tédio aumenta a ponto de querermos assumir novamente o controle da direção. Com a nossa vida é exatamente assim: a gente cansa do piloto automático e temos que tomar cuidado para que essa rotina não impacte o nosso plano de carreira.

“Mas o que isso tem a ver com a minha carreira?”

Tudo! Sabe por quê? Muitas pessoas procuram a estabilidade no trabalho em empresas que oferecem plano de carreira bem definido. No entanto, essa experiência pode deixar o profissional no status “piloto automático”.

Existem várias profissões que podem colocar uma pessoa nessa situação. Na Engenharia isso é comum em empresas com carreiras vitalícias. No serviço público também, uma vez que você é aprovado(a) em um concurso precisará fazer poucas escolhas, pois o caminho está “pronto”. Até na Medicina é assim. Depois de escolher qual(is) residência(s) vai fazer, basta se esforçar dentro daquela rota que está pronta. O tempo passa e você não volta para avaliar se está no rumo certo ou não tem coragem de abandonar no meio do caminho.

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Acontece que por mais que alguns fatos nos levem a essa zona de conforto, como seres humanos estamos sempre em um processo de evolução e transformação. Ou seja, não podemos acreditar que as escolhas de seis anos atrás serão as mesmas para o nosso amanhã.

O ponto para o qual quero chamar a atenção é que as pessoas fazem escolhas com base em um cenário disponível no presente, sem levar em conta incertezas que aparecerão no futuro. Por isso é tão importante pensar em um plano de vida, muito mais que um plano de carreira.

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Antes que você se engane, adianto que sou um super apoiador dos planos de carreira. Penso que se uma empresa chega ao ponto de pensar o que pode oferecer para cada colaborador é porque realmente está em um patamar organizacional admirável. No entanto, entendo que o plano de carreira não deve eliminar a sua responsabilidade por um plano de vida.

Se uma empresa ou profissão oferece opções que se assemelham ao que você busca, aí temos o que se chama de uma relação ganha-ganha.

Plano de Carreira x Plano de Vida

Pensando em nossa evolução constante e necessidade de conseguirmos assumir o controle do nosso próprio carro (ou vida), é que precisamos estabelecer planos de carreira e planos de vida. Mas vou explicar a diferença entre os dois para que você consiga lidar com os dois assim como eu lidei.

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O plano de carreira é excelente e precisa fazer parte do nosso dia a dia. É preciso ter metas, anseios, perspectivas de onde e como conseguimos nos realizar profissionalmente.

Você deve sempre se perguntar: Está feliz com sua profissão? A sua carreira permite que você tenha tempo para o lazer, a diversão? Essas respostas vão lhe auxiliar a definir seu plano de carreira. Mas tem mais e é nesse momento que o plano de vida surge.

Precisamos ter e estabelecer metas de vida, não apenas de carreira. Elas podem ser divididas em três: metas de curto, médio e longo prazo. Eu estabeleço as minhas da seguinte maneira:

  • Curto – um ano;
  • Médio – 2 a 3 anos e;
  • Longo – 5 anos.

Ao final de cada ano, eu as reviso, porque as minhas próprias escolhas mudam conforme o meu tempo passa. Ou seja, meu eu de 01 de janeiro de 2021 vai ser diferente do meu eu de 31 de dezembro de 2021, assim como o Barreto de cinco anos atrás não é o mesmo de hoje.

Nossos planos de vida, incluindo os de carreira, mudam e é ótimo que isso aconteça. Se me dissessem no passado que hoje eu estaria trabalhando como engenheiro e ainda dando mentoria de produtividade e gestão do tempo a diversos profissionais do mundo todo, não acreditaria, porque eu era outra pessoa e tinha outras prioridades.

As pessoas costumam ter medo de mudança até entender que mudança é algo natural e um dos maiores indicadores de que você está em evolução.

Enquanto a maioria das pessoas encara um “nossa, como você mudou” como uma crítica, eu a encaro como um elogio. É sinal de que estou evoluindo. Note que não estou entrando no mérito de mudar para pior ou para melhor, porque essa é pauta para um outro assunto.

A questão é que você precisa entender que as coisas vão mudar cada vez mais rápido na sua vida. Definir um plano e não avaliá-lo constantemente para ver se está em linha com seu momento ou as circunstâncias atuais, do presente, é viver no passado esperando que algo aconteça no futuro. Isso não é ser protagonista.

“O processo de mentoria de carreira e produtividade com o Rodrigo tem sido uma jornada incrível. A começar pelas sessões focadas no autoconhecimento que me permitiram entender minhas potencialidades, romper crenças limitantes e trabalhar com eficiência. ” – Filipe Alves da Silva, engenheiro mecânico na Viking Conveyor

Portanto, rever se esses planos de vida continuam os mesmos ou se precisam de adaptação é natural.

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O que você não pode, de maneira alguma, é deixar que um dos dois planos prejudique o outro. Porque quando isso acontecer, você certamente estará entrando em modo piloto automático e logo terá como questionamento se está no caminho certo, ou se está realmente à frente do volante da sua vida.

Reflita sobre a sua rotina: você tem domínio sobre seu plano de vida e carreira ou já está no modo automático?