Acredito que o autoconhecimento seja um dos pilares da inteligência emocional.
Uma das leituras que embasam o meu conhecimento sobre o assunto é “Emotional Intelligence 2.0”, de Travis Bradberry e Jean Greaves, que aborda o tema de forma bem prática a fim de auxiliar as pessoas a mergulharem na parte teórica e, ao mesmo tempo, desenvolver a habilidade.
Ao longo do livro, a inteligência emocional é trabalhada a partir de 4 pilares:
- Self-awareness: é a autoconsciência de quem eu sou;
- Self- management: é o autogerenciamento, ou seja, ser capaz de governar a si mesmo em todas a esferas da vida;
- Social awareness: é a consciência social, que se trata de quem sou eu no mundo e qual é o meu papel na sociedade;
- Relationship management: é a gestão das relações, ou seja, saber ouvir, escutar, se posicionar, argumentar e valorizar as pessoas.
Para mim, o autoconhecimento é um pilar da inteligência emocional porque se trata da combinação de autoconsciência e autogerenciamento. Ou seja: ter consciência sobre quem você é e conseguir se governar de forma eficiente e produtiva.
Ao desenvolver o autoconhecimento, portanto, é possível alcançar uma vida muito mais produtiva porque você sabe quem é e como administrar todas as esferas da sua vida.
É sobre isso que falo no artigo por meio de três passos extremamente necessários. Agora, te convido para mergulhar na leitura e aprender mais sobre o assunto, bora lá?
1. Valores
Os seus valores são moldados desde o seu nascimento e te acompanham ao longo de toda a vida. É aquilo que você valoriza, ou seja, palavras que te definem e que, de forma consciente ou inconsciente, estão sempre sendo alimentadas no seu dia a dia.
Alguns exemplos são sabedoria, justiça, amor, liberdade, individualidade…
Conhecer os seus valores é essencial para lidar melhor consigo e com as suas relações, permitindo que você faça escolhas alinhadas àquilo que faz sentido para a sua vida e seja muito mais produtivo.
Quando você não conhece os seus valores, faz escolhas erradas porque não tem conhecimento sobre o que é importante para si mesmo. Com isso, fica dando voltas em círculos e demora muito mais para acertar o caminho que precisa trilhar para chegar onde deseja chegar
2. Propósito
O propósito se trata do sentido que você dá para aquilo que o mundo te deu. “Como assim, Rodrigo?”. No meu livro Equilíbrio, eu dediquei um capítulo inteiro a falar sobre Valores e Propósito. E lá eu explico detalhadamente essa questão.
Mas em resumo e para utilizar um ditado bem popular, o propósito é fazer a limonada com os limões que a vida te deu. É unir suas habilidades e sua consciência para concentrar seus esforços em uma determinada direção, o seu objetivo. É aquilo que te move diariamente a gerar algo que traz felicidade e satisfação.
É importante pontuar que, não necessariamente, o seu propósito precisa ser exercitado na profissão e, muitas vezes, tentar forçar essa relação pode levar a uma grande frustração. Aqui está um ponto bastante importante que pode lhe auxiliar em um processo de gestão de múltiplas carreiras ao invés de uma transição de carreira. Eu não deixei a engenharia para seguir o meu propósito de compartilhar conhecimento.
Ao invés disso, comecei a alimentar o meu propósito em paralelo a partir de conteúdos, palestras, treinamentos e mentorias e hoje, por decisão deliberada, o meu propósito é também uma profissão. Mas não precisa ser assim. Você pode ser advogado e alimentar seu propósito em um trabalho voluntário nos finais de semana. Ou você pode ser uma médica e se dedicar a uma causa social com crianças carentes ou idosos para fortalecer o seu propósito.
Costumo auxiliar os meus mentorados na busca pelo propósito por meio de 4 pilares:
- Talento: no que você é bom e quais habilidades você tem?
- Necessidade: o seu talento tem uma demanda? (nessa etapa, entendemos se esse talento precisa/pode ser uma demanda profissional que possa lhe trazer retorno financeiro, caso seja seu objetivo)
- Consciência: o seu propósito tem um quesito altruísta? O que ele faz pelo mundo?
- Paixão: você ama fazer isso a ponto de não se importar com o retorno financeiro que ele te dará?
A clareza sobre o seu propósito, portanto, nada mais é do que um exercício de autoconhecimento, que te permite se conhecer mais e viver uma vida alinhada à sua verdadeira essência.
3. Encontrar as áreas prioritárias da sua vida
As áreas prioritárias da sua vida são uma bússola, ou seja, um norte que aponta quais são as suas prioridades.
Para defini-las, é necessário ir além da divisão entre esfera pessoal e profissional. Normalmente, as pessoas se limitam a pensar somente a partir desses dois âmbitos, o que não é suficiente.
É preciso mergulhar mais a fundo e realmente entender, dentro dessas duas esferas, o que é mais importante para você. Isso é autoconhecimento, pois a partir dessa compreensão é possível definir objetivos e metas para a sua vida de acordo com as suas reais prioridades.
O autoconhecimento é fundamental para caminhar na direção certa
Ao definir os seus objetivos e metas ou tomar grandes decisões na vida, é necessário fazer a calibragem de acordo com os seus valores e propósito para garantir que você está caminhando na direção certa.
É sobre entender se há coerência entre o que você está escolhendo e os seus valores e propósito.
As áreas prioritárias, por sua vez, são como uma bússola que direciona os seus passos, te ajudando a entender se você está priorizando aquilo que é importante para si.
Tudo isso é autoconhecimento: quando nos conhecemos melhor, tomamos decisões mais alinhadas àquilo que é uma prioridade e é capaz de trazer felicidade e satisfação.
Essa é a base que guia todos os meus programas de produtividade, equilíbrio de vida e gestão de tempo. Portanto, se você optar por vivenciar algum processo comigo, seja individual ou em grupo, pode ter certeza de que passaremos por um aprofundamento, em maior ou menor grau, desses aspectos.
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