Como melhorar os indicadores de produtividade dos seus colaboradores

Como não procrastinar em meio a tanta distração

Se você abrir uma página do seu navegador neste exato momento e pesquisar por novas tecnologias que poderá utilizar na sua empresa, muito provavelmente encontrará o que quer. Com as várias listas de ferramentas e sistemas que podem ser adotados para evoluir processos, alguns gestores e diretores, por impulso, decidem investir na maior quantidade de tecnologias que conseguem. Tudo com o objetivo de melhorar os indicadores de produtividade do negócio, mas nem sempre é esse o resultado que alcançam. 

Tanto é que nosso país não possui uma colocação muito boa na lista de países com maior produtividade.

rodrigo barreto - indicadores de produtividade

Infraestrutura eficiente é um dos fatores que atrapalha a produtividade no Brasil – Fonte: PMKB

É preciso acompanhar as transformações e inovações, mas também é necessário ter cautela para não cair em qualquer propaganda. A ansiedade em não perder o timing e ser um dos primeiros a utilizar pode fazer com que gestores e diretores não analisem se a ferramenta é adequada para o negócio.

Por mais excelente e eficaz que ele seja, não significa que necessariamente se molda às suas necessidades e, principalmente, aos seus colaboradores. Se isso não for verificado antes do investimento, sua empresa tende a ter equipes improdutivas e, consequentemente, um considerável prejuízo financeiro.

Como reduzir a improdutividade no processo de transição tecnológica

Quando dou mentorias ou palestras para empresários(as),  muitos me questionam sobre como fazer a transição tecnológica da sua empresa para melhorar os indicadores de produtividade. Bom, é importante entender que transformar é mais difícil do que começar do zero. Por isso as startups acabam tendo mais facilidade de implementar tecnologias do que empresas que estão há anos no mercado com profissionais altamente qualificados e com longas carreiras lá dentro. Portanto, no momento que uma empresa decide investir em novas estruturas e processos, também precisa investir nas pessoas e na reformulação da cultura organizacional.

Mudar a cultura organizacional é mais difícil do que implementar uma nova cultura. Empresas consolidadas precisam adotar estratégias diferentes do que empresas recentes.

Por mais qualificado que um(a) profissional seja em termos de conhecimento para a função que foi contratado(a), se não souber mexer no sistema novo implantado para auxiliar seu trabalho, torna-se improdutivo. Não porque perde a capacidade que tem, mas porque deixa de fazê-la ou perde muito tempo tentando entendê-la.

Coisas simples como enviar um e-mail padrão, armazenar os arquivos na nuvem ou procurar determinada pasta no servidor ou no banco de dados da empresa viram tomadores de tempo incalculáveis. E muitas vezes o(a) profissional ainda acaba pedindo ajuda para o(a) colega, que larga o que está fazendo para auxiliar. Nesse caso já temos dois profissionais que tendem a reduzir os indicadores de produtividade da sua empresa. Isso sem contarmos com a sensação que esses colaboradores podem ter ao achar que não fizeram nada ao longo do dia.

Os indicadores de gestão, como KPIs (key performance indicators), ajudam a analisar o desempenho das equipes e ter informações suficientes para reorganizar o negócio e tomar novas decisões. Mas se não for oferecido treinamento adequado para que os funcionários também aprendam e acompanhem as mudanças, a empresa não sai do lugar.

E um ponto que chamo a atenção aqui é: avaliar a produtividade dos empregados não é o core business de nenhuma empresa. Por isso muitas estão terceirizando esse tipo de avaliação com empresas especializadas em análise de dados. Se você perde muito tempo com isso, acaba não tendo tempo para se concentrar no que realmente é a alma do seu negócio. Já pensou sobre isso? 

Como melhorar os indicadores de produtividade dos colaboradores

Esse é um dos questionamentos que normalmente escuto nas palestras que faço dentro das empresas e em mentorias que dou a gestores e gestoras que estão em um movimento de transição tecnológica. Todo mundo quer saber como ter zero colaboradores improdutivos. A resposta? Tenho que ser sincero, não sei qual é. O que posso dizer, e aconselhar, é que adotar a filosofia de simplificar e integrar é uma das melhores soluções.

Quanto mais integrado e comprometido nos processos o colaborador estiver, mais produtivo ele será em suas atividades.

Um estudo publicado pela revista de tecnologia Fast Company, em 2017, mostra que empresas como Google, Netflix e Apple são 40% mais produtivas. Organização, prioridades, confiança e liderança fazem parte da receita de sucesso. De acordo com a pesquisa, um funcionário comprometido é 44% mais produtivo do que um trabalhador apenas satisfeito. Quando se sente inspirado por seus chefes, a produtividade pode ser 125% superior a dos empregados satisfeitos. Por isso, é importante combinar a estrutura organizacional da empresa com o bom envolvimento dos funcionários.

Tornar a questão do pertencimento como um valor faz com que você tenha indicadores de produtividade mais palpáveis, porque se pararmos para analisar, nem há como medir o fator produtividade de todos os colaboradores da mesma forma.

Se em uma fábrica o desempenho de quem está produzindo uma peça é medido com informações simples (quantidade/hora), em setores administrativos os dados não são tão bem definidos. Qual o indicador utilizado para considerar um colaborador desse setor produtivo? A quantidade de e-mails que envia por dia? O gestor tem o controle do setor de acordo com as demandas, mas, no geral, não consegue medir. 

Nem sempre é fácil fazer essa análise nas empresas. Mas uma coisa é certa, se o objetivo é aumentar os indicadores de produtividade: antes de comprar uma Ferrari ou um Tesla com piloto automático e dar de presente ao colaborador que mal sabe dirigir um Gol, veja se é realmente necessário investir no carro novo e se for o caso, ensine o colaborador a lidar com os novos botões do veículo.

O que mais você acredita que atrapalha a produtividade dos colaboradores nessa transição tecnológica?