Qual é sua meta de vida? Ter uma casa na praia, aposentar-se antes dos 50 anos, ter quatro filhos e um belo carro na garagem. Ou então, um barco para pescar aos finais de semana, uma família feliz, amigos para partilhar e bons momentos de lazer e diversão. Também pode ser uma boa ideia continuar trabalhando, ser reconhecido nesse ambiente, ter poucos (mas bons) amigos e conquistar a tão sonhada realização pessoal e profissional.
Costumeiramente esses são os itens que mais aparecem na lista de pessoas quando questiono sobre seus sonhos. Mas em um dos momentos que perguntei a uma mentorada sobre quais desses sonhos eram metas a longo prazo, ela me respondeu fazendo o seguinte questionamento:
“Rodrigo, como eu defino uma meta de vida a longo prazo?”
Independente de qual é o seu sonho para o futuro, a concretização de metas tão abstratas assim costuma não acontecer e talvez você tenha a mesma dúvida que a minha mentorada. Isso acontece justamente porque não se dá a devida prioridade e não há verdadeira compreensão de suas metas de vida.
Meta de vida é mais que sonho
Ter metas é muito mais produtivo – e eficiente – do que ter sonhos. Sonhos parecem distantes. Metas são mais tangíveis. Por isso, é preciso transformar seus sonhos em metas e focar suas forças e interesses em realizá-las, de acordo com as expectativas que você mesmo(a) traça ao longo de sua jornada.
É com base nas metas que você toma as melhores decisões, porque segue pautando, na escala de prioridades, o que é necessário para realizar e conquistar aquilo que você deseja.
Pode ser que hoje, no contexto em que vive, sua meta não seja possível de ser realizada, por isso é preciso olhar lá na frente e entender se o caminho que precisará ser percorrido pode ser sustentado por você.
Como definir uma meta de vida?
O primeiro passo para escolher as metas é definir as prioridades da sua vida. Lembre-se, por mais que você tenha vontade de ter muitas coisas, nem sempre é possível fazer e ter todas ao mesmo tempo.
Cada pessoa possui seu modo de classificar o que é prioritário e assim definir uma meta de vida, ou mais que uma. No meu caso, tenho cinco eixos que dão o norte para minhas escolhas, mas você pode ter e escolher quais serão mais eficazes para ter realização naquilo que deseja. Pode classificar por eixos como família, trabalho, espiritualidade, patrimônio, amigos, lazer, viagens, etc.
O ideal é, após definir suas áreas prioritárias, classificar cada meta de vida de acordo com o tempo: curto, médio ou longo prazo. Estabelecer um tempo para a realização de cada uma delas coloca sua vida dentro de um planejamento. Ter isso claro auxilia principalmente em dois sentidos:
- (1) não perder o foco do que você quer e;
- (2) não entrar em desespero pelo fato de ainda não ter aquilo em mãos, pois pode ser que aquela meta de vida seja de longo prazo e de acordo com o plano traçado, você ainda está na metade do caminho. A redução de ansiedade é um dos principais feedbacks que recebo nas mentorias de produtividade, após definirmos as metas de vida.
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Depois disso, o foco precisa estar na compreensão do que você almeja para cada um desses desejos e aqui entra um exercício de imaginação. Por quê? Imagine que uma meta de vida sua seja ter amigos, mas quando imagina a cena, vê que há poucos amigos dividindo espaço da sua casa, então você reduz sua meta para ter poucos bons amigos. Ou ainda: se você quiser correr todos os dias. Quando você se imagina correndo, está onde? Em uma praia? Em um parque? Consegue se ver em uma maratona? A resposta para essa pergunta ajuda você a fazer escolhas no presente que resultarão no futuro que você “sonha”.
Cada vez que estimulamos com mais detalhes o nosso futuro, conseguimos nos projetar nele, embora seja impossível prever o que acontecerá amanhã. Então, nossas metas precisam ser escolhas que podem ser concretizadas, mas que também podem ser adaptáveis caso seja preciso.
Escolha “ser” ao invés de “ter”
Um outro aspecto importante consiste em substituir o “ter” pelo “ser”. Eu sei que parece clichê, mas essa mudança sutil poderá lhe ajudar muito. Não me refiro aos bens materiais de “ter” uma casa ou um carro. Lembre-se que suas metas de vida de longo prazo precisam ser mais do que isso. Você precisa pensar na marca que quer deixar, no legado.
Ao invés de “ter” uma família unida, pense em “ser” um pai ou uma mãe acolhedor(a). Substitua o “ter” muitos amigos por “ser” uma pessoa do bem com quem as pessoas desejem estar e conversar. Ao invés de “ter” uma vida equilibrada, “seja” uma pessoa que equilibra as áreas prioritárias da sua vida. Percebe a diferença? Parece sutil, mas é muito maior.
Seu destino está e sempre estará em suas mãos
Normalmente culpamos as circunstâncias pelo fato de não estarmos felizes e realizados. Quando, de fato, a culpa é quase inteiramente nossa e de nossas escolhas, as quais não caminharam exatamente como queríamos.
A partir do momento em que traçamos metas, estabelecemos os rumos que desejamos para a vida, e esse é um dos melhores caminhos para realizá-las. E aqui deixo um exercício para que você comece a traçar suas metas de vida de uma maneira simples e que aplico quando defino as minhas: escreva em um papel como seria seu dia perfeito, desde o acordar até a hora de dormir. Faça isso e reflita sobre aquilo que você deseja, quais podem ser realizadas com tempo mais curto e mais longo, e o que você já está fazendo ou precisa fazer para que elas de fato se concretizem.
As prioridades que queremos ter no futuro devem ser prioridades desde já. Basta parar, olhar e perceber!
Qual sua maior meta de vida? Comente aqui abaixo se você já a conquistou ou se está no caminho dessa realização?