Afinal, sorte realmente existe ou é resultado do nosso esforço?

Qualidade x Quantidade

Você acredita em sorte? É difícil ter uma visão 100% racional sobre o conceito disso. Até porque, aparentemente, ela é relativa. Por exemplo, quando alguém ganha na loteria: é sorte ou algo diferente disso, como probabilidade ou destino?

Bom, no caso da loteria outros fatores entram na equação: o fato de apostar, a escolha dos números, o investimento no bilhete, os números sorteados, entre outros. Continuaria sendo sorte?

O livro A Boa Sorte, de Alex Rovira Celma e Fernando Trías de Bes, explica que somos nós que construímos a nossa sorte ao nos prepararmos para o futuro. Oportunidades são infinitas e saber quando aproveitá-las é um diferencial.

Capa do livro A Boa Sorte disponível na Amazon – Fonte da Imagem: Amazon

Eu, Rodrigo, acredito sim que exista a sorte como a conhecemos, algo totalmente inesperado que pode acontecer nas nossas vidas. Todavia, um conceito mais racional que aprendi há muitos anos com um colega de trabalho em uma empresa que fiz estágio dizia que a sorte é quando a oportunidade encontra a preparação. Já ouviu algo assim por aí? 

Eu acho interessante esse conceito, e se o aprofundarmos, veremos que existe uma parcela que você não controla (oportunidade) e outra sobre a qual você é totalmente responsável (preparação). 

Portanto, a maneira mais inteligente e eficaz de construir a sua própria sorte é se concentrar naquilo que você controla, a preparação.

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Você constrói a sua sorte

Acredito muito que é um processo, uma escolha. Somos nós que a construímos diariamente, fazendo coisas para que ela esteja sempre ao nosso lado. Ser sortudo(a), neste caso, é uma escolha construída dia após dia. Você pode até ganhar na mega sena com uma aposta única feita totalmente ao acaso por um colega de trabalho que estava fazendo um bolão na virada. Mas normalmente quem ganha está lá, apostando todas as semanas, há anos ou décadas.

Se só esperarmos, sentados na cadeira, ela dificilmente virá. Mas se formos ao encontro dela (preparação), buscando, caminhando lado a lado, aumentaremos as chances de encontrar uma oportunidade que se adeque à nossa preparação. 

Voltando mais uma vez ao exemplo da loteria, que para mim elucida muito bem o exemplo da sorte. De nada adianta eu planejar o que farei com o dinheiro se eu sequer comprar um bilhete. A compra está ao alcance de todos, mas jogar ou não é uma escolha individual. 

Essa semana eu assistia ao documentário “Neymar: o caos perfeito”, na Netflix, e um dos jogos sobre o qual o Neymar fala e que virou uma de suas tatuagens foi o jogo contra o Atalanta nas quartas de finais da Champions League de 2020. No jogo, o PSG, que nunca havia chegado a uma final de Champions League na história, perdia por 1 x 0 aos 45 minutos do segundo tempo. Com calma e sem perder as esperanças, o time virou o jogo nos acréscimos, com 2 gols em 2 minutos, garantindo a classificação para as semifinais da liga. Essa vitória, para você, foi sorte ou algo mais?

Eu diria que uma pitada de sorte sim, mas a maior parte foi preparação. Física e mental. Em nenhum momento o time deixou de acreditar. Os jogadores estavam preparados para aquilo. A oportunidade era única. A sorte se construiu com base na fé, por isso a tatuagem que o Neymar fez revela 1% de chance e 99% de fé

E aqui entra um outro componente que pode aumentar essa reflexão em torno do conceito de sorte: o destino.

Jogo de palavras

Depois que vim morar nos Estados Unidos, passei a refletir sobre o conceito de sorte de outras formas. Na língua inglesa, por exemplo, a sorte como conhecemos se traduz como luck, algo que acontece por acaso, inesperadamente, como por exemplo receber um presente de um parente muito distante. Mas além de “luck”, existe uma outra palavra muito utilizada para definir a “sorte” com uma conotação de “destino” e não de acaso. Aquela “sorte” que está reservada para você, como uma causa-consequência, e um exemplo é você decidir viajar e durante a viagem encontrar o seu amor. 

As palavras em inglês demonstram que a sorte não é algo único, mas um complexo jogo em que você pode aguardar o destino ou escolher construir o seu próprio destino. Viajar ou não viajar é uma escolha, entretanto, os resultados dessa escolha podem determinar o tamanho dela. 

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Vocabulário positivo

A forma como vemos as coisas transforma nossa vida. E a sorte é um dos exemplos disto. Se eu acredito que tenho sorte, há mais chances de correr atrás de iniciativas que proporcionem que a sorte chegue. Se penso negativamente, nem se ela chegar consigo acreditar. 

Novamente fazendo um jogo de palavras, agora do inglês para o português, “can” é uma palavra que se traduz tanto para “poder” quanto para “conseguir”. Quando eu digo que não “posso” fazer algo, o peso sobre mim é diferente de eu dizer que não “consigo” fazer algo. Sempre que falo “I cannot” eu faço essa reflexão sobre o que de fato eu estou querendo dizer.

Assim como a escolha das palavras determina o que podemos ou conseguimos fazer, nossas escolhas diárias também são reflexo de escolhas que fazemos. E se o que conseguimos e podemos fazer é determinado por nossas escolhas, palavras como estas também são a perspectiva correta para definirmos se temos ou não sorte. 

A sorte, portanto, é uma escolha entre tantas outras possíveis. Uma possibilidade que é também atraída por suas ações cotidianas. 

Agora quero saber, você espera a sua sorte acontecer ou cria a sua própria sorte?

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